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Arquitetos: Rasura Arquitetos
- Área: 198 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Alexander Bogorodskiy, Alice Cardoso
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Fabricantes: FARO Barcelona, LUNAWOOD
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma pequena ruína implantada no limite confrontante com a via pública dá acesso a um terreno íngreme, organizado em pequenos socalcos, onde emergem de forma densa Oliveiras, Castanheiros e Laranjeiras. A procura por tranquilidade e a ruína motivaram a aquisição do terreno e a vontade de habitar neste lugar. O projeto da casa teve, desde o primeiro momento, a intensão de uma tentativa de preservação tanto da pré-existência quanto desta atmosfera.
Propõe-se uma reinterpretação formal da ideia primária de casa, desenhada com uma base retangular e uma cobertura inclinada, que se materializa num volume de metal que emerge das paredes de granito existentes e se projeta para o interior do terreno.
A preservação da ruína torna-se ponto de partida para a organização espacial. As paredes de pedra são parte integrante da solução arquitetónica, tanto do ponto de vista do enquadramento exterior, da preservação da escala e memória do lugar, como na organização espacial do interior da habitação, onde a sua presença se faz notar. Pretende-se, desta forma, assumir duas épocas de intervenção, que coabitam entre si.
Ao nível da cobertura, uma subtração ao volume puro dá lugar à varanda. Esta torna-se acessível pela escada interior. A varanda é lugar onde é possível contemplar a paisagem ao nível da copa das árvores. A entrada é marcada por um túnel estreito, que se destaca do volume da casa e contrasta com o duplo pé-direito da chegada ao interior, onde tudo é claro e luminoso. As pequenas aberturas dos vãos permitem que a paisagem e a luz natural estejam presentes em todos os espaços da habitação e a variação da incidência da luz cria uma atmosfera única em cada compartimento.
Do interior da casa é possível aceder ao terreno pela escada metálica que se projeta a partir de uma das janelas da zona social, e permite descer até à cota da primeira plataforma do terreno. Esta plataforma resulta da construção de um muro diagonal em betão que no limite encobre a garagem e possibilita o prolongamento da casa para o espaço exterior.
A intervenção pauta-se por uma escolha criteriosa, tanto do material quanto da forma, permitindo a sua integração harmoniosa com a envolvente natural, na procura pela preservação da atmosfera do lugar.
